quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Adventismo do Sétimo Dia

Texto Áureo

“Por isso os judeus persegui­ram a Jesus, porque fazia estas coisas no sábado.” Jo 5.16

Verdade Aplicada
Dos Dez Mandamentos regis­trados no Antigo Testamento, nove são ratificados no Novo Testamento, ficando fora ape­nas o quarto, que é a guarda do sábado.

Textos de Referência

Jo 5.8        Disse-lhe Jesus: Levan­ta-te, toma o teu leito e anda.
Jo 5.9        Imediatamente o ho­mem ficou são; e, tomando o seu leito, começou a andar. Ora, aquele dia era sábado.Jo 5.10      Pelo que disseram os judeus ao que fora curado: Hoje é sábado, e não te é lícito carregar o leito.Jo 5.11      Ele, porém, lhes res­pondeu: Aquele que me curou, esse mesmo me disse: Toma o teu leito e anda.

ADVENTISMO DO SÉTIMO DIA

“De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados.” Gl 3.24.

A graça nos isenta do jugo da lei e nos torna livres em Cristo.

Não podemos pensar na origem dos “sabatistas” sem recordar os conflitos entre o apóstolo Paulo e os judaizantes. A luta entre o legalismo e o evangelho da graça de Deus é antiga, e continua em tempos modernos no vigoroso programa dos Adventistas do Sétimo Dia. O sabatismo é uma seita perigosa que mistura muitas verdades bíblicas com erros tremendos no que se refere às doutrinas cristãs.

A ORIGEM DO ADVENTISMO

Guilherme Miller, o fundador do sabatismo, nasceu em 1782 em Massachussetts, EUA, numa família batista. A partir de 1818, ele começou a ensinar a volta de Cristo, divulgando suas “doutrinas escatológicas” e atraindo após si grande número de adeptos. Miller faleceu em 1849, mas deixou as bases para seus seguidores fundarem o Adventismo, infeliz­mente.

O adventismo desenvolveu-se a partir de Helen White e outros em 1844. Eles tinham como autoridade a Bíblia e os escritos da Sra. White. Sua teologia trinitariana tinha variações em relação a expiação, vida cristã, vida futura, profecia e observância da lei mosaica, entretanto demonstrava a prática do amor cristão em sua missão social, construindo clínicas, escolas e ajuda agrícola. O trabalho intensivo de doutrinação pelo rádio, literatura e cursos por corres­pondência deu grande implemento à seita, que tinha sua ênfase sobre a profecia e os acontecimentos futuros.

1- A síntese histórica do Adventismo - Guilherme Miller, que era pastor batista no Estado de Nova Iorque, dedicou-se ao estudo detalhado das Escrituras proféticas. Convenceu-se de que Daniel 8.14 se referia a vinda de Cristo para “purificar o santuário”. Calculando que cada um dos 2.300 dias repre­sentava um ano, tomou como ponto de partida o regresso de Esdras e seus compatriotas a Jerusalém em 457 a. C. e chegou à conclusão de que Cristo voltaria à terra em 1843. Jesus afirmou, entretanto, que: “Porém daquele dia e hora ninguém sabe...” (Mt 24.36).

Um dos maiores atrativos do adventismo, como sugere o próprio nome, tem sido a mensagem do próximo advento do Senhor. Hoje já não fixam datas, mas outros ensinos os desqualificam como uma igreja genuinamente bíblica, Além de suas doutrinas, publicam também bons artigos sobre a saúde e o lar.

2- O fracasso de Miller - Movido pelo interesse dos crentes em relação à volta de Cristo, Miller levou milhares de pessoas a se prepararem para o fim do mundo. Muitos doaram suas lavouras para receber o Senhor no dia 21 de março de 1843; chegou o dia e o evento esperado não aconteceu. Miller revisou os seus cálculos, descobriu um erro de um ano, marcando a volta de Cristo para o dia 21 de março de 1844. Ao chegar essa data, nada aconteceu. Uma vez mais um novo cálculo indicou que seria no dia 22 de outubro do mesmo ano, porém essa previsão também falhou, indicando que não nos pertence saber os tempos de Deus (At 1.7).

3- O arrependimento de Miller - Guilherme Miller, dando toda a prova de sua sinceridade e honra, confessou simplesmente que havia se equivocado em seu sistema de interpretação bíblica. Ele arrependeu- se, mas defendeu a interpretação errada que havia proclamado por um quarto de século. Dos muitos que o seguiram, três se uniram para formar uma nova igreja, baseados numa nova interpretação da mensagem divulgada por Miller. Segundo Paulo, foram levados pelos “ventos de doutrinas” (Ef 4.14).

O AVANÇO DO ADVENTISMO

Hiram Edson, um amigo pessoal de Miller, teve uma “revelação”. Nela compreendeu que Miller não estava equivocado em relação a data, mas sim em relação ao local. Edson partilhou com outros membros de seu grupo as “boas-novas” e outros dois grupos se uniram a essa “nova revelação”: um dirigido por Joseph Bates e outro dirigido por Helen White. Através da Bíblia compre­endemos que tais profetas são loucos (Ez 13.3-6).

1- As revelações de Helen White - Helen White contribuiu muito com a formação das doutrinas adventistas através de seus escritos. Embora a igreja Adventista afirme que a Bíblia é sua base doutrinária, ainda crê que Deus inspirou Helen White na interpretação das Escrituras e em seus conselhos. Ao aconselhar Timóteo, Paulo o advertiu contra tais situações (II Tm 4. 3,4).

2- As obras de Helen White - Os livros de Helen White são considerados pelos adventistas como “inspirados” por Deus e no mesmo nível da Bíblia, que citam apenas para comprovar o que ensinam, buscando versículos ou passagens isoladas. O livro “O Grande Conflito” é consi­derado a obra prima de Helen White, sendo recomendado largamente. Para o crente a Bíblia é “O livros dos livros” (SI 119.97-104).

Para os adventistas do sétimo dia, os escritos da Sra. Helen White têm a mesma autoridade da Bíblia. Afirmam que a expressão “testemunho de Jesus é o espírito de profecia” (Ap 19.10) é uma alusão aos escritos da Sra. White. Creem que suas obras têm “aplicação e autoridade especial para os adventistas”, e negam que “a qualidade ou grau de inspiração dos escritos de Helen White sejam diferentes dos encontrados nas Escrituras Sagradas.

3- Os nomes da seita - Os adven­tistas já usaram através dos tempos inúmeros títulos para sua seita, que atualmente chama-se: igreja Adven­tista do Sétimo Dia, conhecida como Sabatista ou Sabatismo. A verda­deira igreja de Cristo não está fundamentada no Sábado (Mc 2.28), e sim em Cristo (Mt 16.18).

AS DOUTRINAS DO ADVENTISMO

Os sabatistas misturam algumas verdades com seus erros, assim enganam as que, com sinceridade buscam a verdade. Normalmente citam a Bíblia, porém sem o cuidado de examinar o contexto. Embora muitas de suas doutrinas sejam ortodoxas, existem outras que desviam o crente da verdade. Convém que os crentes co­nheçam essas doutrinas e saibam co­mo refutá-las, tendo em vista que os adventistas também se dedicam ao proselitismo, algo que Jesus criticou dos fariseus (Mt 23.15).

1- A doutrina da expiação incompleta - Os adventistas ensinam que Jesus entrou no san­tuário celestial no ano de 1844 e agora está cumprindo a obra da expiação, porém a Bíblia nos ensina o contrário (Hb 9.11,12). Esta doutrina da expiação incompleta e contínua é um subterfúgio das Escrituras, num esforço para justificar as previsões errôneas de Miller. A Bíblia ensina que Jesus penetrou no santuário celestial ao ascender ao céu e não no ano de 1844 (Hb 6.19,20; 8.1,2). Segundo os adventistas a expiação ainda está incompleta, assim quem pode ter certeza de sua salvação? Quando a pessoa saberá que está salva? A Bíblia ensina que desde o sacrifício de Cristo no Calvário, os pecados foram perdoados e apagados por completo (Hb 9.12). Portanto não tivemos de esperar até 1844 para receber o princípio do perdão e nem o regresso do Senhor para que se complete a obra da expiação, pois tudo está consumado (Cl 2.13; Hb 10.14,18-22; 1 Jo 1.7).

2- Nossos pecados lançados sobre Satanás - Os adventistas ensinam que o bode emissário de Levítico 16.22,26, simboliza Satanás carregando todas as nossas iniquidades. Será que eles não se dão conta das implicações de tal ensino? Isto faria do diabo nosso co-salvador com Cristo, pois a expiação de nossos pecados seria realizada em parte por Cristo e em parte por Satanás. O simbolismo real desta passagem mostra Cristo levando sobre si os nossos pecados (Jo 1.29; Is 53.6; Hb 10.18).

O problema surge do significado não muito claro da palavra “azazel” em Levítico 16.22,26. É certo que algumas autoridades creem que significa “Satanás”, mas outras dizem que se deve traduzir por “afastamento”, “remoção” ou “emis­sário”. O quadro simbólico é paralelo ao sacrifício das duas avezinhas em conexão com a limpeza cerimonial do ex-leproso. Uma avezinha foi morta para o sangue da purificação, a outra solta viva no campo (Lv 14.2-7). Em ambos os quadros vê-se Cristo morto por nossos pecados e ressuscitado para nossa justificação (Rm 4.25) e também dois aspectos do resultado do Calvário: a culpa expiada por sua morte e nossa libertação do pecado pela virtude de sua ressurreição. Ainda que se interprete “Azazel” por “Satanás”, isto não quer dizer que ele levou nossos pecados. O bode prefigurando a Cristo foi enviado ao deserto para “Azazel”. Cristo, levando nossos pecados penetrou nas trevas exteriores em combate mortal com o príncipe das trevas (Hb 2.14).

3- A doutrina do sono da alma - Os adventistas ensinam que as almas dos justos dormem até a ressurreição e o juízo final. Este “sono da alma” é um estado de silêncio, inatividade e inteira inconsciência. Baseiam esta crença, principalmente, em Eclesiastes 9.5, que diz: “Os mortos não sabem coisa nenhuma”. O contexto demonstra que este versículo está falando sobre a relação dos mortos com a vida terrena e não sobre o estado da alma depois da morte. Provas bíblicas da consciência da alma depois da morte acham-se nas palavras de Paulo quando diz que, ao deixar o corpo, estaria com o Senhor, (Fp 1.23,24; II Co 5.1-8).

Os adventistas citam Mateus 27.52 e João 11.11 em defesa da doutrina do “ sono da alma”. Os hebreus costumavam usar essa figura de retórica ao referir-se à morte, comparando-a com um sono. Repetidas vezes temos a expressão de que uma deter­minada pessoa “dormiu com seus pais”. O corpo é a parte do homem que está insensível no “sono da morte”, porém, assim como o subconsciente continua ativo enquanto o corpo dorme, a alma do homem não cessa sua atividade quando o corpo morre, ela continua viva diante de Deus (Lc 16.23,24).

CRENÇAS ERRÔNEAS DO ADVENTISMO

Normalmente as crenças de uma seita ou religião baseiam-se em motivos relacionados às experiên­cias de seus fundadores ou em livros escritos e interpretados por eles. No adventismo, verificamos que os escritos de seus fundadores conti­nuam sendo seu sustentáculo doutrinário, independente da Bíblia. Somente Jesus deixou-nos palavras de vida eterna (Jo 6.68,69).

1- A aniquilação de Satanás e dos maus - Os adventistas ensi­nam que Satanás, seus demônios e todos os maus serão aniquilados. Os escritos de Helen White dizem que a teoria do castigo eterno é “uma das doutrinas falsas que constituem o vinho das abominações da Babilônia”. Jesus Cristo usou a pa­lavra “eterno” para referir-se à duração das bênçãos dos salvos e ao tormento dos perdidos em Mateus 25.46. Além disso, ele não disse aniquilação eterna, e sim castigo eterno (Mc 9.43,44).

A Bíblia ensina que há diferentes graus de recompensa ou de castigo, segundo as obras. Isto não seria certo se todos os injustos dor­missem na morte até o juízo, sendo logo destruído totalmente (Rm 2.5-10; Ap 22.12). Cristo ilustrou esta verdade na parábola do servo infiel, demonstrando que as circuns­tâncias influem na severidade do castigo (Lc 12.42-48).

2- A observância obrigatória do sábado - Os adventistas ensi­nam que os cristãos devem observar o sábado como o dia de repouso e não o domingo. Creem os dventistas que os que guardam o domingo aceitarão a “marca da besta”. Helen White ensinou que a observância do sábado é o selo de Deus. Vemos, pois, que o sábado foi uma parte do pacto especial feito entre Deus e Israel (Ez 20.10-13). Ao repousar de seu trabalho semanal, o povo de Israel devia recordar como o Senhor lhe havia dado o repouso da dura servidão do Egito (Dt 5.12-15). Para os salvos em Jesus Cristo, todos os dias são para o Senhor.

O Sábado faz parte de um concerto ou pacto entre Deus e o povo israelita (Êx 20.1; Rm 2.14). Antes do concerto do Sinai, Deus não ordenou a ninguém que guardasse o Sábado (Gn 3.16-22). Ele era um pacto perpétuo para todas as gerações dos judeus, bilateral, que só teria validade com o cum­primento de ambas as partes (Êx 20.1,2). O sábado não é uma instituição perpétua (Êx 31.16,17), pois foi abolido totalmente por Cristo (Cl 2.14, 16-17; II Co 3.3-14; Hb 7.18). Hoje estamos em um novo concerto (Hb 8.6-13; 10.7,9).

3- O que ensina a Bíblia sobre o sábado - A palavra profética que previa a chegada do novo concerto (Jr 31.31-33) e o fim do sábado (Os 2.11) se cumpriu em Jesus (Cl 2.14-17). Por esta razão, o sábado não aparece nos quatro preceitos de Atos 15.20,29. Paulo parecia que estava escrevendo aos adventistas quando escreveu aos Gálatas sobre o engano dos judaizantes que queriam fazê-los guardar a lei (G12.16).

CONCLUINDO

Infelizmente, os adventistas estão bastante preparados para discutir suas heresias. É quase certo que citarão alguns versículos para provar que devemos guardar o sábado. Para isto devemos mos­trar-lhes quais são os mandamentos de Deus no Novo Testamento (I Jo 3.23; Jo 6.29; Rm 4.5). Procure fortalecer sua fé na obra perfeita de Cristo, pois Ele é o nosso repouso perfeito.

Bibliografia J. E. Croce
 

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